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Na noite de segunda-feira (8), no Dia Internacional da Mulher, foi realizado, de forma virtual, o Ato de Lançamento da Frente Parlamentar de Defesa do Direito das Mulheres. O evento marcou o início dos trabalhos da Comissão Especial de Estudos, proposta pelas vereadoras Fabi Virgílio e Filipa Brunelli, ambas do PT, e aprovada por unanimidade pelos demais parlamentares. Integra ainda a comissão o vereador Paulo Landim (PT).
Fabi abriu o evento ressaltando a importância da Frente Parlamentar. “Esta comissão é um instrumento legislativo que visa promover o diálogo com a sociedade. É um espaço de escuta e de troca para que legisladores e sociedade reflitam sobre temas afetos, visando à articulação de políticas públicas para a nossa cidade”, frisou.
Para a vice-presidente da Câmara Municipal, Thainara Faria (PT), a força e a união das mulheres são fundamentais para a conquista de direitos. “A gente sabe que a luta pelo direito de estar viva e viver nos nossos espaços é diária e muito difícil”, refletiu.
A socióloga Eleonora Menicucci - ex-ministra da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres Brasileiras, de 2012 a 2015 - fez uma análise do cenário atual do país. Para ela, o Brasil vive uma crise sanitária e também de direitos econômicos e sociais, que atingem de forma mais agressiva as mulheres, principalmente as negras. “São as mulheres que estão na linha de frente do cuidado, à frente dos hospitais e, sobretudo, nas áreas de serviço; e são as mulheres que mais morrem por Covid-19”, aponta. Para ela, a explicação está no patriarcado e apenas a adoção de uma perspectiva de gênero pode desconstruir essa realidade de desigualdade.
Na opinião da deputada estadual Márcia Lia (PT), o lançamento da Frente Parlamentar vai entrar para a história da Câmara Municipal. “Esta proposta vai reunir coletivos, movimentos sociais, lideranças e mulheres para que o parlamento seja de fato um espaço de resistência, luta e fala das mulheres”, afirma.
Filipa Brunelli (PT), a primeira vereadora travesti de Araraquara, refletiu sobre a diversidade em ser mulher, que, para ela, vai além de um órgão genital ou da capacidade reprodutiva. “Quando eu luto pela vida das mulheres trans, estou lutando pela vida de todas vocês, porque o machismo e o patriarcado que as violentam são os mesmos que deslegitimam meu corpo por ser mulher, que me estupram nas periferias e torturam as minhas nas matas e canaviais”, disse.
A vereadora Luna Meyer (PDT) encerrou o evento, apostando no consenso dentro do ambiente legislativo municipal quando a pauta for mulher. “O que as mulheres passam, o machismo, a luta, tudo isso acaba trazendo uma percepção diferenciada da realidade. E quanto mais percepções de realidade tivermos, mais assertivos serão nossos movimentos, mais pessoas poderemos ajudar”, concluiu.
O evento contou ainda com representantes do governo municipal, do legislativo de São Carlos, da Defensoria Pública do Estado, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), além de lideranças políticas e de movimentos sociais.
A íntegra da transmissão está disponível aqui.
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