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Dentro das celebrações do Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher (25 de novembro), o Plenário da Câmara Municipal foi palco do debate sobre o combate à violência contra a mulher, na noite da segunda-feira (27).
A coordenadora de Acervos e Patrimônio Histórico, Fabiana Virgílio, lembrou que “Araraquara tem vazios urbanos que são extremamente prejudiciais para as mulheres principalmente. Pensar a igualdade entre homens e mulheres ainda está muito longe. Dados dizem que só iremos atingir de fato a igualdade em 2094. Então temos uma longa luta pela frente”.
Para a secretária estadual de mulheres do PT, Débora Pereira, “política afirmativa não é coisa pouca. As mulheres têm muito mais dificuldades para ocupar qualquer espaço político. Acredito que cada uma de vocês que está aqui hoje deixou de fazer alguma coisa importante em casa”.
Segundo a deputada federal Ana Perugini (PT), “saiu uma pesquisa mostrando que a violência se aprende. A grande massa das mulheres que sofre violência viu a mãe sofrer violência. A grande massa dos homens que violenta viu o pai violentar. A mulher negra é aquela que tem maior memória da violência que a mãe sofreu e é a que sofre mais violência”.
A coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres, Amanda Vizoná, destacou que “em Araraquara, neste ano, já tivemos quase 1.500 boletins de ocorrência de violência doméstica, que incluem tentativa de homicídio, cárcere privado e violência patrimonial. No estado inteiro, todas as delegacias da mulher só abrem durante a semana, de segunda à sexta, e fecham às 18 horas. Nós que trabalhamos no Centro de Referência da Mulher sabemos que a maior parte das ocorrências acontece nos finais de semana, e essas mulheres não têm com quem contar”.
Já a vereadora Thainara Faria (PT) enfatizou que “violência não é só física. Existe a violência moral, a violência na omissão, e a violência de fingir que nada está acontecendo. Nós temos direito à fala, à luta, e eu não vou mais me calar e nem silenciar nenhuma das mulheres. A violência moral também é violência”.
Finalizando as falas, a deputada estadual Márcia Lia (PT) afirmou que “precisamos construir políticas públicas para as nossas mulheres. Que a coordenadoria de mulheres, o Centro de Referência da Mulher e a Casa Abrigo possam sensibilizar as pessoas para que possamos combater de fato a violência contra as mulheres; combater na efetividade a violência sofrida no dia a dia pelas nossas mulheres”.
Estiveram presentes o secretário municipal de Esportes e Lazer, Everton Miguel Inforsato, o Dicão, a assessora especial de Políticas para Pessoas com Deficiência, Elisa dos Santos Rodrigues, a presidente do Fundo Social de Solidariedade, Cidinha Silva, a presidente da Cooperativa Acácia, Helena Francisco da Silva, e a coordenadora municipal da Agricultura, Silvani Silva.
Como surgiu a data
No dia 25 de novembro de 1960, as irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, conhecidas como “Las Mariposas”, foram brutalmente assassinadas pelo ditador Rafael Leônidas Trujillo, da República Dominicana. As três combatiam fortemente aquela ditadura e pagaram com a própria vida. Seus corpos foram encontrados no fundo de um precipício, estrangulados, com os ossos quebrados. As mortes repercutiram, causando grande comoção no país. Pouco tempo depois, o ditador foi assassinado. Em 1999, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas instituiu 25 de novembro como o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher, em homenagem às “Mariposas”. No Brasil, 43% das mulheres em situação de violência sofrem agressões diariamente; para 35%, a agressão é semanal (Centro de Atendimento à Mulher). Em média, a cada 11 minutos uma mulher é estuprada no país (Fórum Brasileiro de Segurança Pública). As brasileiras ganham, em média, 76% da renda dos homens (IBGE). Apenas 5% de cargos de chefia e CEO de empresas são ocupados por mulheres (OIT). Em todo o mundo, 52% das mulheres economicamente ativas já sofreram assédio sexual no ambiente de trabalho (OIT).
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