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Alegando problemas de saúde psicológica, síndrome do pânico e depressão, Adriana Célia Dias, então secretária do ex-coordenador da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Ademir Palhares, o Mimi, enviou um ofício e não compareceu, nesta segunda-feira, dia 9, ao depoimento que deveria prestar à Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal de Araraquara. Quem apareceu foi um empresário que negou ter pago o ex-coordenador na Prefeitura na sua mesa de trabalho, conforme relato da ex-gerente da Secretaria, Marcela Vergílio Raimundo. Além disso, uma curiosidade apareceu: Mimi recebeu por um projeto cujo nome de engenheiro responsável é outro profissional.
O depoimento de Adriana é um dos mais esperados pela Comissão pela proximidade dela com Mimi e também porque ela já falou com a Polícia Federal sobre o mesmo tema. No documento enviado aos vereadores, ela fala da saúde e afirma querer colaborar com a investigação do Legislativo, mas pede que o depoimento seja feito em um local preservado é que a sua imagem não seja divulgada. “Temo muito pela minha vida e pela segurança dos familiares.” A CEI enviou o pedido para análise do setor jurídico da Câmara. Quem foi ouvido foi o empresário Nga Chou Yang, sócio de uma loja de artigos de R$ 1,99 no Centro. Em depoimento aos vereadores, o empresário disse que em 2011 por indicação de um pedreiro contratou o ex-coordenador para o serviço de engenheiro. Ele pagou R$ 12 mil para a elaboração de um projeto para a nova loja. A contradição é que Marcela disse à CEI ter visto ele pagar em espécie e dentro da Prefeitura. O empresário negou: afirmou ter dado dois cheques e dentro de uma das suas lojas. Além disso, segundo o empresário pagou a Ademir Palhares pela elaboração do projeto que terminou tendo um profissional responsável, inclusive, um engenheiro ligado a uma construtora também contratada por ela para a obra. À CEI, o empresário não soube dizer se houve acordo entre Mimi e a construtora. O dono da loja chegou a ir até a Prefeitura conversar com o ex-coordenador, mas somente para cobrar uma satisfação sobre o andamento da aprovação do projeto. O empresário ficou surpreso com a declaração dada á CEI de que havia algo errado na obra porque modificações foram feitas ainda no papel.
Mudanças
À frente da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, desde 2009, Alessandra Lima, também prestou depoimento à CEI nesta segunda-feira. Ela falou sobre os procedimentos de início e conclusão dos projetos, disse que o ex-coordenador Ademir Palhares, o Mimi, tinha autonomia para tomar algumas decisões como a aprovação de projetos, mas nunca recebeu denúncia ou reclamação sobre o comportamento do ex-funcionário.
Para a secretária, apesar de questionamentos dados à CEI sobre a forma de trabalho de Palhares, ela não poderia ter visto nada por ficar em uma sala distante da mesa do engenheiro. A versão de que o ex-coordenador receberia dinheiro aparentemente por serviços prestados, na opinião de Alessandra Lima, não é ilegal, mas a pegou de surpresa. Ela não concorda e crê que o profissional pode fazer um trabalho extra, desde que fora da Prefeitura. Até por isso, algumas medidas estão sendo adotadas, entre elas, a mudança no layout obrigando o atendimento no balcão e um mecanismo que coíba tal procedimento de cobrança de dinheiro dentro do prédio da Prefeitura. Alessandra Lima ainda falou sobre obras aprovadas e reprovadas e admitiu que a fiscalização é frágil. Há apenas três fiscais quando seriam precisos, no mínimo, dez.
Desde 11 de setembro, a CEI apura indícios de um suposto esquema de cobranças de propina para a concessão de áreas e aprovação de projetos, no período de 2003 a 2013, envolvendo também o ex-vereador Ronaldo Napeloso. Além de Donizete Simioni a CEI é relatada pelo também vereador Aluísio Braz, o Boi (PMDB), e tem como membros Edna Martins (PV), Geicy Sabonete (PSDB) e Dr. Helder (PPS).
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