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O corte feito pelo governo federal nos últimos dois anos nos recursos destinados às pesquisas científicas foi o tema da fala do vereador Edio Lopes (PT) na Sessão Ordinária de terça-feira (28), na Câmara Municipal de Araraquara.
O investimento atual, por exemplo, no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) é menor do que há 16 anos, chegando hoje a pouco mais de R$ 500 milhões, ante os R$ 2,7 bilhões de três anos atrás. O corte para o próximo preocupa mais ainda. O impacto em pesquisas científicas, bolsas de mestrandos, doutorandos, pós-doutorandos e outros pesquisadores tem interrompido completamente a formação e a produção científica no país, “condenando o futuro de nossa ciência, que ficará sem a transmissão do conhecimento e experiências. O prejuízo para a nação será imenso”, disse Edio Lopes na tribuna da sessão. O vereador exibiu uma fala de Glauco Arbix, professor titular de Sociologia na Universidade de São Paulo, especialista em teoria da inovação e sociologia econômica, que afirma que os recursos previstos obrigará o CNPQ e até a CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, a suspender o pagamento em todos os programas de formação de mais de 90 mil estudantes antes mesmo do meio do próximo ano, além de outros 105 mil pesquisadores.
Retrocesso
Se for considerada a iniciação científica e outros programas, são 245 mil pesquisadores que sofrerão com essa interrupção, além dos prejuízos nos programas de cooperação internacional que, segundo ele, fundamentais para o avanço da tecnologia e da inovação no país. Arbix assegura ainda que, então, o Brasil pagará muito mais caro comprando conhecimento e tecnologia de outros países, do que conseguiria com os recursos que o governo federal está cortando, aumentando mais ainda a distância para com os países que tem investimento em pesquisa e conhecimento. “É um retrocesso na educação, formação e pesquisa”, disse o sociólogo.
Lopes lembrou em sua fala, que o mesmo governo que corta o investimento em formação científica perdoou 18 bilhões de reais em dívidas dos empresários do agronegócio. “Ouvimos o tempo todo que é preciso investir na educação, na formação e na pesquisa científica, porém, na prática, o que vemos é completamente diferente. Certamente quem sofre com isso é nosso povo, nossa sociedade, nossa economia. Afeta o filho do pobre, que estuda em escola pública. Afeta a todos”, concluiu.
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