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O Plenário da Câmara recebeu, na segunda-feira (11), uma palestra como parte das atividades do “Dia Municipal das Pessoas com Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD)”, criado pela Lei nº 10.457/2022 e comemorado anualmente em 10 de agosto.
Organizado pela vereadora Fabi Virgílio (PT), o evento reuniu especialistas, educadores e familiares de crianças com altas habilidades e superdotadas, e teve transmissão ao vivo pela TV Câmara (canal 17 da Claro), Facebook e YouTube. “É uma honra abrir as portas da Casa do Povo para discutir e compartilhar conhecimento sobre o tema”, destacou a parlamentar.
Desafios e inclusão
Gustavo Gandolfi, psicólogo clínico e especialista em AH/SD, iniciou sua fala lembrando que, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 20 pessoas, uma será identificada com altas habilidades ou superdotação, mas a obtenção de um diagnóstico nem sempre é uma tarefa fácil.
Características como hiperatividade cognitiva, sensibilidade emocional e pensamento divergente são frequentemente confundidas com autismo e transtorno do déficit de atenção (TDAH). “Nem toda mente acelerada é desregulada, às vezes, é apenas mais sensível, complexa e intensa do que o mundo sabe acolher”, ressaltou o palestrante.
O profissional citou algumas situações enfrentadas em seu consultório que ressaltam o desconhecimento da população a respeito dessas disfuncionalidades. Ele exemplificou com questões ligadas à falta de compreensão do tema, que leva pais e professores a julgarem que crianças e jovens tenham problemas de atitude ou relacionamento, atribuídos ao senso comum.
Em seguida, o psicólogo abordou as dificuldades enfrentadas no ambiente escolar, que nem sempre é preparado para receber indivíduos com altas habilidades e causariam isolamento desses estudantes, por não se sentirem fazendo parte daquele contexto.
No entanto, os desafios vivenciados pelos superdotados não ficam somente na infância e seguem para a vida adulta, representando, muitas vezes, problemas profissionais, financeiros, de socialização e nos relacionamentos que poderiam ser minimizados com o diagnóstico correto.
Ao final de suas explicações, Gandolfi defendeu a necessidade de inclusão das pessoas com altas habilidades e superdotação, enfatizando que ela deve ir além de um conceito formal. “A inclusão não basta ser só uma inclusão legal, ela primeiro deve acontecer, como uma aprendizagem significativa na validação emocional, na liberdade para se ser isso dentro das nossas casas, ambientes sociais e também na escola”, concluiu.
Diagnóstico precoce
Na segunda parte da palestra, Danitiele Calazans, pedagoga, mestra e doutora em Educação Especial, fez a leitura de um texto, no qual trouxe uma visão positiva sobre as altas habilidades, ressaltando a criatividade, a sensibilidade, a autonomia e o propósito como algumas das características dessas pessoas. “Ser superdotado não é ser esquisito, é apenas ser diferente”, complementou.
A pedagoga também destacou que, atualmente, já é possível identificar crianças com sinais de superdotação a partir dos dois anos e meio, por meio de instrumentos clínicos e educacionais. O diagnóstico precoce, segundo a especialista, atua como ferramenta de prevenção a problemas futuros.
“Quando a criança não se sente pertencente, mesmo pequena, ela começa a se isolar. Precisamos olhar para isso com atenção”, alertou a palestrante.
Na sequência, o público que acompanhou as apresentações no Plenário ou pelas redes sociais da Câmara pôde se manifestar, compartilhando relatos e dúvidas que foram comentadas e respondidas por Danitiele.
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