Notícias

896

O projeto “Bento Aberta” foi inaugurado em 2021, consistindo em fechar o trânsito de um trecho da Avenida Bento de Abreu, entre a rotatória da CTA e a rotatória do Monumento do Soldado Constitucionalista durante certos períodos no fim de semana, para que as pessoas possam ocupar o trecho com atividades físicas, culturais e de lazer, em uma iniciativa inspirada na que acontece na Avenida Paulista, em São Paulo.

Por isso, a vereadora Fabi Virgílio (PT) e o vereador Marcos Garrido (Patriota), que compõem a Frente Parlamentar de Direito à Cidade, solicitaram estudos para que se pense em um horário alternativo, que consiga atingir outros públicos aos domingos. “Dessa forma, poderá abranger no programa o horário do fim da tarde e início da noite, podendo alcançar os jovens que ocupam a frente do Teatro Municipal e transitam por lá”, detalham.

Eles argumentam que, além da importância de estender o horário, se faz necessário pensar em atividades diversas para ocupação do espaço público, seja por meio de esportes, danças ou atividades lúdicas, para que o espaço possa ser ocupado por todos.

“Vale ressaltar que a Avenida Paulista costuma fechar aos domingos, das 10 às 16 horas, e o Parque Minhocão é utilizado somente para tráfego de automóveis de segunda a sexta-feira, das 7 às 20 horas. Após esse horário, nos finais de semana e feriados, é aberto para pedestres, ciclistas e outros, para atividades físicas e lazer em geral”, pontuam.

Os parlamentares avaliam o projeto “Bento Aberta” como de extrema importância na promoção do sentimento de pertencimento à cidade, além de fortalecer os valores dos direitos humanos. “Além da ressignificação das ruas da cidade e seu poder simbólico, onde sai de cena o carro e entram em cena as pessoas, esta ocupação também potencializa o diálogo social como forma inovadora e não institucionalizada de participação.”

No documento, eles pedem, ainda, extensão do projeto para outros bairros da cidade, com objetivo de ocupar os espaços públicos, e que seja analisada a criação de programas lúdicos que integram o conceito de políticas públicas, conferem protagonismo às crianças na tomada de decisões e reforçam a importância do brincar no desenvolvimento das cidades, tornando-as mais humanas e inclusivas, conforme já foi apontado em indicação encaminhada em junho do ano passado.