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A fim de incentivar a prática de leitura desde a infância, o vereador João Clemente (PSDB) encaminhou a Indicação nº 1.357/2022 ao Executivo, solicitando a disponibilização de bibliotecas em todas as instituições de ensino municipais, conforme a Lei nº 12.244/2010, além da realização contínua de campanhas sobre a importância da leitura na “formação biopsicossocioespiritual das pessoas”.
Para fundamentar o pedido, o parlamentar afirmou: “A leitura salva vidas. Contudo, por imposição do ofício ou por amor ao diálogo, vamos às justificativas: para não haver mais guerras no futuro; para convivermos fraternalmente; para que, mesmo sendo profissionalmente competitivos, possamos ser solidários; para afastarmos a fome da mesa das pessoas; para termos maiores chances de empregabilidade; para sermos mais humanos; para sermos mais felizes; para sermos e fazermos mais: leitura”.
Carolina Maria de Jesus
Como exemplo da capacidade de transformação da prática de leitura, Clemente citou o exemplo de “uma das maiores escritoras do Brasil”: Carolina Maria de Jesus, nascida em 14 de março de 1914, em Sacramento, Minas Gerais. Filha de negros que migraram para a cidade no início das atividades pecuárias na região, oriunda de família muito humilde, a autora estudou pouco e trabalhou como catadora de materiais recicláveis, mas tinha o hábito da leitura e da escrita.
Na década de 1950, Carolina foi descoberta pelo jornalista Audálio Dantas, que se interessou em publicar seus escritos. Assim, ela lançou livros como “Quarto de despejo” (1960), que teve uma vendagem recorde de 30 mil exemplares, na primeira edição, chegando ao total de 100 mil exemplares vendidos, na segunda e terceira edições, além de Casa de Alvenaria (1961), Pedaços de Fome (1963) e Provérbios (1963).
A autora é estudada no meio acadêmico até os dias atuais, possuindo biografias póstumas. Na década de 2000, foi inaugurado no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, o Museu AfroBrasil, cuja biblioteca leva o nome da escritora.
“Esse é apenas um exemplo de pessoa, no caso uma mulher negra, que teve a vida transformada pela leitura, que não podíamos deixar de mencionar, principalmente no Mês da Mulher. Com a disponibilização de bibliotecas e campanhas de incentivo, teremos cada vez mais cidadãos transformando suas realidades por meio da leitura”, concluiu o vereador.
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