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Na Praça Pedro de Toledo, logo à frente do Museu há um bebedouro de água, na verdade, uma fonte de água. Ela foi instalada na praça na década de 1930, mais exatamente no ano de 1934, quando a Prefeitura funcionava naquele prédio. Porém, a fonte não estava lá e sim um pouco mais para o meio da praça. Ali está também o “marco zero” da cidade, o ponto que identifica a localização da cidade no planeta pelas suas coordenadas geográficas e de onde se tem a referência de distâncias para outras localidades. Essas coordenadas estão identificadas na pequena placa azul no lado esquerdo da entrada do prédio. No momento da instalação daquela fonte, a cidade, assim como o país inteiro, experimentava os primeiros momentos de uma Constituição que duraria pouco, apenas três anos e que havia sido instaurada pelo novo governo, então provisório, que passou a conduzir os destinos do país após a revolução de 1930, conduzida por Getúlio Vargas. E o estado de São Paulo se recuperava das marcas deixadas pela Revolução Constitucionalista de 1932, marcante ainda para a cidade de Araraquara e as famílias dos 541 cidadãos que nela combateram. Seis deles não retornaram com vida para suas famílias.
P.M. 1934
Para cá, o Interventor Federal no Estado de São Paulo indicou o engenheiro Lafayette Müller Leal, para ser prefeito do local. Ele tomou posse em agosto de 1933 e aqui ficou até maio de 1934. Foi em seu breve governo que a fonte foi construída, em frente ao então prédio da prefeitura que conduzia, com a inscrição “P.M. 31-1-934”. Pode não parecer tão importante assim, porém, mesmo sendo tão pequeno, este é o monumento mais antigo que identifica um governo municipal na cidade. Outros, mais antigos, certamente foram destruídos pelas disputas políticas das épocas. Essa história adormecida foi acordada por um grupo de cidadãos, que encontrou no Arquivo Histórico Municipal, a planta original da fonte e preparou um documento de iniciativa popular, apresentado ao Conselho Municipal de Preservação (Comphara) pedindo a retirada de uma cobertura que descaracterizava o bem histórico; sugerindo sua revitalização e a religação da água. Faltava associar o monumento ao momento da história em que foi instalado. Foi aí que o engenheiro Lafayette Müller Leal foi identificado como o prefeito da época da construção do chafariz, que servia para que os feirantes tivessem uma fonte de água para o consumo e para lavarem os produtos que vendiam.
Aprovado na Câmara
Feito o levantamento histórico, os documentos da iniciativa popular foram levados à Câmara Municipal pelo historiador Rogério Tampelini, que pediu ao vereador José Carlos Porsani, a atribuição do nome do antigo prefeito à fonte de água. A medida foi aprovada na Sessão Ordinária de 23 de maio. Agora, o monumento histórico tem a denominação “Fonte Lafayette Müller Leal”.
Fotos (colaboração Rogério Tampelini)
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