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O nome Iemanjá significa “a mãe cujos filhos são peixes”, remetendo à infinidade daqueles que são filhos e protegidos seus. Sua fama em território nacional é grande e expressa não somente nos cultos de matriz africana, mas, também, em obras artísticas e canções de importantes figuras do cenário musical brasileiro.
Entendendo como necessária a demarcação da divindade africana como rainha dos rios e dos mares, a vereadora Filipa Brunelli (PT) propôs o Projeto de Lei nº 241/2023, que institui e inclui no Calendário Oficial de Eventos de Araraquara o Dia Municipal de Iemanjá “Ilé Àse Omi Ti Ofún Oná”, a ser comemorado anualmente em 2 de fevereiro.
“Esta data, marcada no cenário nacional, afirma a popularidade e importância desta divindade no território brasileiro. Foi sincretizada como ‘Nossa Senhora dos Navegantes’ ao adentrar no aspecto umbandista”, pontua a parlamentar.
Filipa explica que a proposta visa a homenagear o “Ilé Àse Omi Ti Ofún Oná” (Casa de Axé das Águas que Levam ao Caminho), importante casa de candomblé da nação Ketu, de Araraquara, que realiza ações de conscientização política e social para sua comunidade. “Esta casa traz uma grande pluralidade de filhos, evidenciando a acolhida que Iemanjá estende a todos, sem distinção de qualquer marcador social existente. Ao fazer coro com a data de modo nacional, a lei municipal evidencia um olhar atento aos povos de matriz africana para a consideração e apreço à diversidade e o acolhimento de suas demandas e expressões no âmbito político”, completa.
A data poderá ser celebrada por meio de reuniões, palestras, seminários e outras atividades pedagógicas, e os recursos necessários para atender as despesas com a execução da lei serão obtidos mediante parcerias privadas e convênios, sem acarretar ônus para o Município.
No entendimento da professora, pesquisadora e articuladora de gênero da Rede Nacional de Mulheres Negras, Erika Matheus, existir um PL como tal evoca aquilo que é essência do país, frente ao cuidado das mães pretas aos seus filhos, o acolhimento e a disciplina. “Iemanjá foi acolhida como o símbolo-mãe desse solo. Faz parte de nosso patrimônio cultural e de culto. E, quando se existe uma comunidade que faz ações sociais levando em conta a abrangência que essa divindade traz, é digno de ser notado. Além do mais, é mais um passo na promoção de nossa diversidade religiosa e cultural, tendo bem em mente que as leis, homenagens e afins devem contemplar a todos”, finaliza.
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