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No Plenarinho da Câmara Municipal de Araraquara, o seminário “Acolher, Informar, Empoderar”, organizado pelo Grupo de Apoio ao Portador de HIV de Araraquara (Gaspa), em parceria com o Fórum das Ong-Aids do Estado de São Paulo (Foaesp), Rede de Jovens São Paulo Positivo (Rede de Jovens SP+), Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas (MNCP) e Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e Aids do Estado de São Paulo (RNP+SP), discutiu as principais dificuldades enfrentadas pelas pessoas que convivem com Hiv e Aids. O evento aconteceu na última semana, com a presença de grupos de portadores da doença da cidade e da região.
Na abertura, a presidente do Gaspa, Elenice Aparecida Carvalho, destacou a importância do encontro, que também contou com a participação da gerente do programa Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) Aids de Araraquara, Mara Silvia Caloni. “Em Araraquara, hoje temos 573 pessoas em tratamento de Aids, que é a doença instalada, e 277 de HIV, que é o vírus, totalizando 850 pessoas em acompanhamento”, explicou Mara, entendendo que “é importante essa divulgação e o envolvimento com as Ongs, pois quanto antes acontece o diagnóstico, melhor. Com esse programa, possibilitamos que as pessoas tenham uma vida digna. Quanto mais conscientizamos a população, mais crescemos nessa luta”. O representante da RNP+SP, Paulo Giacomini, destacou que “o nosso objetivo é agregar, cada vez mais, as pessoas que vivem com HIV e Aids. É uma doença que não tem cura, com a qual há preconceito, e quanto mais demora o diagnóstico, mais sequelas a pessoa pode ter”. Ele informou, ainda, que são entre 837 e 845 mil pessoas vivendo com HIV/Aids diagnosticadas no Brasil. “Quem mais sofre com o estigma são homens e mulheres heterossexuais, pois habituou-se a normalizar a relação Aids-gays”, disse, explicando o trabalho realizado pela Rede e mostrando diversos dados coletados, como o de que a maioria dos que fazem parte da RNP+SP é de heterossexuais. “Isso contraria o mito de que é uma doença que atinge, em sua maioria, homossexuais”, completou. De acordo com a pesquisa, a maior parte tem entre 41 e 50 anos de idade e conta com renda da residência de até um salário mínimo.
Giacomini citou também as dificuldades enfrentadas em diversas questões, como a disponibilidade de medicamentos, por exemplo. “Sabemos de casos de pessoas do Amazonas que viajam 12 dias de barco para pegar cinco comprimidos apenas. As unidades de saúde são obrigadas a oferecer 30 por mês, sendo permitido mais e proibido menos. Em São Paulo, quando não tem crise de medicamentos, é possível retirar para três meses.” Alguns aplicativos para os portadores de HIV/Aids também foram apresentados, como o “cuide-se bem”, do Governo do Estado de São Paulo, o “viva bem”, do Ministério da Saúde; e o “tá na mão”, da Prefeitura de São Paulo. “São aplicativos que trazem diversas informações e auxiliam com alertas dos horários para os medicamentos. Basta o usuário registrar o medicamento, o horário que toma e todo dia ele avisa”, explicou o representante da RNP+SP. Já a representante do MNCP, Fabiana Oliveira, entende que “estamos em um momento difícil, por isso a importância dos movimentos se unirem. Muitos não sabem como trabalham esses movimentos, e a proposta desse evento é exatamente essa”. Ela abordou os grupos de ajuda mútua, lembrando que “é importante para ter contato com outras pessoas vivendo no seu município. Normalmente, os encontros são abertos, voluntários e gratuitos”.
“Nosso Movimento foi formado em 2004 com o objetivo de promover ações para o fortalecimento integral das mulheres vivendo com HIV/Aids, com foco no acesso à informação e na garantia dos direitos humanos. Ajudamos as mulheres a retomarem sua cidadania, combatendo o isolamento e a inércia, promovendo a troca de informações e experiências, e melhorando sua qualidade de vida”, explicou. “Além disso, realizamos o trabalho de prevenção à infecção pelo HIV das mulheres não infectadas, buscando o controle da epidemia no Brasil que, ao longo dos anos, foi mudando, tendo necessidade de acompanhar e fortalecer as mulheres vivendo com HIV/Aids para incidir nas políticas públicas na garantia da saúde integral e norteia-se em relatos de experiências nos encontros que realizamos”, completou. O atual presidente do Conselho Municipal de Saúde e ex-presidente do Gaspa, Izaías Ambrósio da Silva, também participou do seminário e mostrou-se disponível para ajudar no que for preciso.
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