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  Prática bastante comum, principalmente no período de férias escolares, empinar pipas traz consigo alguns riscos, como o uso irregular do cerol. Buscando discutir uma campanha mais efetiva para auxiliar na questão, a vereadora Juliana Damus (Progressistas) esteve em reunião na Secretaria de Cooperação dos Assuntos de Segurança Pública, na tarde da sexta-feira (4).

A parlamentar é autora da Lei Complementar nº 310, de 5 de agosto de 2005, que trata da proibição de comércio e uso de cerol e produtos similares em linhas ou fios. “Encampamos a ideia, pois é muito importante essa conscientização, ela ajuda a mudar o comportamento das crianças principalmente. Temos o registro de muitas apreensões relacionadas ao cerol. Precisamos ver formas de divulgar mais essas informações”, afirmou o chefe da pasta, coronel João Alberto Nogueira Júnior.

Segundo dados da Secretaria, julho é o mês com o maior registro de apreensões: em 2017, foram 187. “Ano passado tivemos algumas dificuldades para fiscalizar, mas nosso objetivo é melhorar. Julho ‘explode’ porque é férias escolares e o clima também favorece empinar pipas”, explicou.

A pedagoga Roberta Minotti, do Núcleo de Projetos da Secretaria, lembrou que “nesse ano, tivemos a ideia de parcerias com as escolinhas de esporte e com as oficinas culturais para atingirmos crianças em outros lugares. As Emefs entrariam com a distribuição do material, tendo o apoio da ronda escolar”.

Serão envolvidas as secretarias de Cultura, Esportes e Lazer, e Educação, além da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL). O coronel também lembrou as palestras que acontecerão nos Cras sobre queimadas, onde também poderá ocorrer a distribuição do material informativo.

Juliana entende que é importante focar nos bairros onde o índice de apreensões é maior. De acordo com o que foi informado pelo eletricista da CPFL, Osvaldo de Oliveira Bessa Júnior, Cruzeiro do Sul, Jardim Iguatemi e Jardim Del Rei são os bairros que mais sofrem com atendimentos relacionados à queda de energia. Há casos também de problemas relacionados às pipas no Selmi Dei e no Valle Verde, mas no caso do último principalmente as quedas são menos frequentes pois a fiação é nova. “Os esforços deverão ser concentrados na região mais periférica”, completou o secretário.

Representando a Secretaria de Educação, o coordenador da Educação Básica, Alexandre Freitas, destacou a importância de palestras sobre a confecção correta de pipas e ações como competições, com distribuição de prêmios. Conforme sugeriu Roberta, as ações deverão ocorrer na segunda quinzena de junho “para conseguirmos pegar as crianças nas unidades, antes do recesso escolar”. Para o secretário, “a campanha surge com o objetivo de ampliar o número de pessoas que serão abrangidas, tanto crianças como adultos. Produziremos um novo material com efeito didático para buscar um melhor resultado”.

A próxima reunião, prevista para a tarde do dia 16 de maio, será para estabelecer um cronograma, definir as escolas que farão parte da campanha, e discutir os encaminhamentos conseguidos após o contato com alguns possíveis apoiadores.

Juliana pontuou que “desde 2005 temos discutido o problema e esse tipo de campanha é fundamental para a conscientização de todos. Precisamos de muita atenção com as pipas, principalmente quando há o uso do cerol, que é ilegal, pois traz diversos riscos de graves acidentes”.

Também participaram da reunião o coordenador executivo das Oficinas Culturais, Bruck Oliver, o secretário adjunto e cooperador da Guarda Municipal, sargento Eudes Abrahão da Silva, e Alexandre Pompone, do Núcleo de Projetos de Programas de Prevenção à Violência da Secretaria de Cooperação dos Assuntos de Segurança Pública.