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No mês de julho, o vereador Lineu Carlos de Assis (Podemos) protocolou requerimento, solicitando informações sobre as obras no Ginásio de Esportes “Castelo Branco”, o Gigantão. Recentemente, a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer respondeu ao parlamentar.

No documento, o parlamentar citava que, pouco mais de um mês após a entrega, foi possível observar que a quadra do ginásio, que não foi contemplada pelo edital da reforma, se encontrava deteriorada e com algumas fissuras, e questionava se a mesma passaria por reformas e qual seria o valor do investimento. Além disso, Assis destacava que, em fevereiro de 2020, a quadra passou por uma recuperação do piso de madeira flutuante e teve as partes deterioradas substituídas por madeiras novas, com o investimento de R$ 32 mil, e indagava se antes do início das obras, em 2020, o piso da quadra, que havia passado por essa manutenção poucos meses antes, se encontrava em boas condições.

Na resposta, o setor informa que a quadra passará por uma reforma para que seja trocado o seu piso. “O valor estimado para a troca será de R$ 483.210,00. A reforma será realizada assim que for concluído o processo licitatório”, acrescenta.

O Gigantão passou por uma manutenção em 2020, e a Secretaria alega que, como a quadra não estava em condições de uso, foi realizada uma manutenção paliativa em fevereiro do ano em questão.

“O valor da manutenção paliativa foi de R$ 32.450,00. Os jogos voltaram a ser realizados no ginásio, contudo, após a realização de alguns, o piso começou a quebrar e identificamos que a estrutura abaixo dos tacos estava apodrecendo por conta de uma infiltração ocasionada por problemas estruturais, gerando uma infestação de cupim. Como a última troca total do piso ocorreu há 10 anos, outra se fez necessária”, explica o órgão.

No requerimento do vereador, era questionado ainda se as obras estruturais colaboraram para a danificação da quadra e, caso afirmativo, se haveria alguma responsabilidade e garantia dos serviços da empresa contratada.

A Secretaria de Obras e Serviços Públicos também deu um parecer.  O setor esclarece que as obras estruturais não colaboraram para a danificação da quadra, uma vez que o piso foi protegido com lona e gesso, para distribuir o peso concentrado dos equipamentos.

“Com relação à garantia, o contrato prevê que a contratada deverá reparar, remover, reconstruir ou substituir, às suas exclusivas expensas, tudo quanto apresentar defeito, vício ou incorreção", aponta.

A Secretaria de Obras confirma o que foi dito pela de Esportes, com os pequenos danos causados no piso, a empresa foi notificada para realizar reparos pontuais, porém foi verificado que a estrutura do piso estava bastante comprometida. “Cabe salientar que a vida útil da madeira já havia se excedido (10 anos), se fez necessária a troca de todo o piso da quadra”, finaliza.

Para o vereador, faltou acompanhamento e uma análise técnica por parte da Prefeitura. “É lamentável que o local, que ficou em reforma por quase 2 anos, após ter sido entregue e inaugurado, tenha que ser fechado novamente, após poucos meses, devido à constatação de um problema estrutural na quadra, sendo necessária nova reforma. É, no mínimo, uma falta de comprometimento e de respeito com a população.”