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A professora Débora Liberato trabalha há vários anos com adolescentes nas redes de ensino estadual e privada da cidade e está habituada a ser procurada, fora da sala de aula, por alunas que vencem o embaraço para fazer perguntas relativas a sexualidade e contracepção. “Percebo que há muita desinformação, mesmo entre adultos, sobre métodos contraceptivos. Muitas meninas de apenas 12 anos de idade já usam a pílula anticoncepcional para tratar de espinhas no rosto, sem a menor ideia dos efeitos que o medicamento pode ter sobre os seus corpos”, conta a professora.
Preocupada com a falta de informação e empenhada em buscar soluções para o problema, ela procurou a vereadora Thainara Faria (PT), a fim de discutir a criação de um projeto educativo tendo como tema sexualidade e métodos contraceptivos, a ser desenvolvido nas escolas. “Fiquei realmente feliz quando Débora procurou o gabinete com essa proposta de trabalho. É um tema de extrema importância, que acaba não sendo aprofundado por razões culturais, por causar desconforto ou simplesmente porque todo mundo acha que, de certa forma, já sabe tudo sobre o assunto. Mas os casos de gravidez na adolescência e de doenças sexualmente transmissíveis provam o contrário”, argumenta a parlamentar. A fim de viabilizar o projeto, a vereadora reuniu-se na tarde da última quarta-feira (21) com Débora e as estudantes de Medicina Flávia Vicentin Silva, Amanda Tobal Verro e Clara Ribeiro de Castro Costa. Elas são, respectivamente, presidente, vice-presidente e coordenadora de ensino da Liga Acadêmica de Saúde da Mulher (Lasam) da Uniara, um grupo dedicado a trabalhar com informação, estudos e projetos de extensão relacionados à saúde da mulher. O grupo terá a função de auxiliar na formatação e na execução do projeto, além de solicitar o apoio da universidade e atuar como ponte entre esta, o poder público e as escolas. Durante o encontro, foram abordados vários aspectos do projeto e possibilidades de abordagem dos direitos sexuais e reprodutivos. Por exemplo, o formato da atividade: alguns temas, como gravidez e doenças sexualmente transmissíveis, poderiam ser aprofundados com a sala de aula toda; outros, como conhecimento do próprio corpo e opções de métodos contraceptivos, poderiam ser desenvolvidos na forma de roda de conversas entre meninas, para que elas se sentissem mais confortáveis para expor suas dúvidas. Outro componente importante do ambiente escolar a ser integrado no projeto são os professores, que trabalham diretamente com os adolescentes e, muitas vezes, têm a missão de transmitir essas informações, dado que o assunto é tabu em muitas famílias. “É importante trabalhar também a autoestima das meninas, incentivando-as a se amarem, se respeitarem e exigirem respeito”, acrescenta Thainara. “Vamos montar um cronograma de atuação nas escolas assim que o projeto estiver estruturado e envolver o Executivo, a Defensoria e outros órgãos públicos no trabalho, começando pela periferia, onde a carência de informação é maior”, adianta a vereadora.
Confira fotos no Flickr da Câmara: https://flic.kr/s/aHskXtWPWY.
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