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“Discordância e repúdio à abertura do comércio neste 20 de novembro”. "O que afeta diretamente uma pessoa, afeta a todos indiretamente. Eu tenho um sonho que meus pequenos filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da sua pele, mas pelo conteúdo do seu caráter”. (líder negro Martin Luther King)
O vereador Edio Lopes (PT) assumiu a Tribuna do Plenário na Sessão legislativa de terça-feira (6), tecendo criticas ao desrespeito dos empresários do parque comercial araraquarense com relação a comunidade negra por “desrespeitar o feriado de 20 de novembro em que se comemora o Dia da Consciência Negra. Autoria do então vereador Carlos Nascimento a Lei instituiu em 28 de setembro de 2007 o feriado municipal “Dia da Consciência Negra e dos Orixás”.
“Esta situação é uma afronta ao Estado de Direito, um desrespeito para com a comunidade negra”, afirmou o vereador sinalizando não aceitar o argumento do Sincomercio (Sindicato do Comércio varejista) que a data é propícia para as vendas, em queda, em razão do Vale do dia 20. Argumentou Edio Lopes ser uma “falácia”, um argumento usado apenas neste feriado, um tratado legitimo de questionamento a legitimidade do feriado. Lembrou o vereador a importância da data, uma homenagem a luta contra a escravidão no Brasil e ao herói maior do povo negro, líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi, assassinado pelo bandeirante Domingos Jorge Velho em 20 de novembro de 1695. “É inadmissível que a data não receba o devido respeito e seja tratada somente como um feriadinho qualquer que atrapalha o desenvolvimento da cidade”. Em sua manifestação o vereador citou ser o Dia Nacional da Consciência Negra oportunidade ímpar de reflexão sobre nosso passado escravista desta Nação, a discriminação racial que ainda hoje é forte e impactante no país e em nossa cidade, sinalizando para a sociedade a dívida existente com a raça negra, avaliando erros do passado na busca de formatar uma sociedade melhor no presente e futuro. Enfático mostrou o vereador petista ser a data não um alienante feriado, espaço de ociosidade no calendário, mas sim propõe conjunto de ações, programações e eventos patrocinados conjuntamente pelo governo municipal e a sociedade. “O dia é simbólico, sabemos que não que solucionará séculos de políticas excludentes e oportunidades restritas que assolaram a população negra, mas é importante para a sociedade uma data que estimule a reflexão e que de forma positiva provoque o debate”, afirmou. Resgatando a luta do povo negro o vereador acentuou ser essa data importante não apenas para a população negra, mas para todo o povo brasileiro. Ela simboliza a luta de homens e mulheres em busca de igualdade, de cidadania e do ideal de viver em uma sociedade livre de todas as formas de opressão, principalmente do racismo.
Manifesto Negro
“Negro como a noite negra, como as profundas da África” Langston Hughes (poeta norte americano)
A história dos negros em nosso país sempre foi de luta e de revoltas. Todas essas lutas não foram e não têm sido em vão, há vitórias e conquistas, mas ainda há muito a ser feito para que o Estado e a sociedade brasileira compensem a dívida que têm com o povo negro. Na última década, várias ações foram implementadas no país para tentar minimizar essa dívida, como as cotas nas Universidades Federais, a criação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a Lei 10.639, que obriga o ensino de história e cultura afro-brasileiras nas escolas, e a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial foram algumas delas. Mas ainda é pouco. Precisamos de mais. Independente dos importantes avanços alcançados em prol da igualdade racial, nós sabemos – todos nós – que a discriminação persiste em nossa sociedade. Os afrodescendentes ainda são os que mais sofrem com o desemprego, a extrema pobreza e a violência, que tem vitimado tantos jovens nas nossas periferias urbanas. A América Latina e o Caribe possuem a maior população afrodescendente do mundo. Somos muito mais de 150 milhões de homens e de mulheres, e o Brasil se orgulha de ser a segunda maior população negra do mundo, enquanto país, depois da Nigéria. O Censo nacional brasileiro oficializou, em 2010, pela primeira vez, aquilo que já era evidente, mas que não constava dos registros: mais da metade do povo brasileiro declara-se negro, reconhece-se como negro.
Vereador Edio Lopes (PT)
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