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A Câmara aprovou na Sessão Ordinária de terça-feira (30), por unanimidade dos vereadores presentes, as inclusões do Dia Municipal de Conscientização sobre a Paralisia Cerebral (6 de outubro) e da Semana Municipal de Conscientização sobre a Paralisia Cerebral (na semana em que estiver o dia 6 de outubro) no Calendário Oficial de Eventos do Município de Araraquara.
O projeto é de autoria do vereador Guilherme Bianco (PCdoB) e será encaminhado para sanção do prefeito Dr. Lapena (PL) para se tornar lei.
As datas poderão ser lembradas com palestras, seminários, atividades culturais e esportivas, campanhas educativas e demais ações que promovam a reflexão e o debate sobre a inclusão social, a acessibilidade, os direitos e a qualidade de vida das pessoas com paralisia cerebral e seus familiares.
Os recursos necessários para atender às despesas com a execução da lei serão obtidos em parcerias com empresas ou outras instâncias governamentais, sem gerar despesas para a Prefeitura.
Segundo Bianco, a iniciativa foi construída junto com diversos grupos e coletivos ligados ao tema, como a Associação Mães Guerreiras e a Associação Araraquarense dos Portadores de Paralisia Cerebral (AAPPC) — que estiveram presentes à sessão e utilizaram a Tribuna Popular para defesa do projeto.
“Eu queria pedir o voto de todas e todos para conseguir garantir essa vitória importante de ter a Semana e o Dia de Conscientização sobre a Paralisia Cerebral. Para que a gente possa, anualmente, fazer uma grande reflexão sobre para onde está andando a nossa cidade no que tange a essas pessoas e para onde nós podemos caminhar. Eu queria agradecer, do fundo no meu coração, a todas vocês. Hoje vai ser um dia importante, um dia histórico, um dia de vitória para a nossa comunidade e para a nossa cidade”, afirmou o vereador antes da votação.
Representando a AAPPC, Nilva Pereira de Medeiros pediu maior visibilidade às pessoas com paralisia cerebral. “Eles são cadeirantes, mas têm inteligência, são seres humanos. Então, a gente queria que fosse aprovada a lei para a gente ter mais divulgação nas escolas, na TV, nas rádios. Não temos nada. Ninguém fala sobre a paralisia cerebral”, declarou.
Larissa Regina Cassaca Ferreira, da Associação Mães Guerreiras, complementou o pedido pela aprovação do projeto. “Com esse dia, a gente pode se mobilizar, fazer protestos, ter movimentação nos postos de saúde, nas escolas, nas creches, sobre prevenção de paralisia, principalmente a paralisia cerebral no parto. É uma coisa que tem que ser levada a sério, tem que ser ouvida. Eles têm que ser respeitados. É isso que a gente vai pedir até o fim das nossas vidas: respeito para os nossos cadeirantes”, ressaltou.
O debate sobre o projeto e a votação podem ser acompanhados na transmissão da sessão no YouTube da Câmara.
Sobre a paralisia cerebral
A paralisia cerebral é caracterizada por alterações neurológicas permanentes que afetam o desenvolvimento motor e cognitivo, envolvendo o movimento e a postura do corpo, de acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde.
Essas alterações são secundárias a uma lesão do cérebro em desenvolvimento e podem ocorrer durante a gestação, no nascimento ou no período neonatal, causando limitações nas atividades cotidianas.
Apesar de ser complexa e irreversível, crianças com paralisia cerebral podem ter uma vida rica e produtiva, desde que recebam o tratamento clínico e cirúrgico adequados às suas necessidades.
Em casos graves, existe necessidade do uso de cadeira de rodas. Já as alterações cognitivas incluem problemas na fala, no comportamento, na interação social e no raciocínio. Os pacientes também podem apresentar convulsões.
O tratamento para essas pessoas requer a atuação de diversos profissionais de saúde: fisiatra (médico especializado em Medicina Física e Reabilitação), ortopedista, neurologista, pediatra e oftalmologista, além de outros especialistas da saúde, como fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, educador físico e nutricionista.
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