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As três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Araraquara tiveram média diária de atendimentos maior que a capacidade entre janeiro e maio de 2025. Informações sobre o funcionamento das unidades Central, Vila Xavier e Vale Verde foram prestadas pela Fundação Municipal “Irene Siqueira Alves” (Fungota), que atua na gestão da rede de urgência e emergência do município, em resposta ao Requerimento nº 890/2025, de autoria da vereadora Maria Paula (PT).
As UPAs Vale Verde e Vila Xavier são classificadas pelo Ministério da Saúde como porte I, ou seja, têm capacidade para atender até 150 pacientes por dia e devem ter, ao menos, dois médicos e de cinco a oito leitos de observação. Segundo a Fundação, a primeira unidade conta, atualmente, com cinco médicos e tem feito uma média de mais de 390 atendimentos por dia. Já a segunda tem até quatro médicos em horários de pico e realiza uma média diária de 290 atendimentos.
A UPA Central é classificada como porte II, ou seja, tem capacidade para atender até 300 pessoas por dia e deve ter uma equipe de quatro médicos, além de nove a 12 leitos de observação. Atualmente, a unidade tem um corpo clínico de oito profissionais e realiza uma média superior a 500 atendimentos diários.
“As UPAs Vila Xavier e Vale Verde já estão com número de profissionais médicos acima do preconizado pela estrutura local, especialmente em dias e horários em que a demanda é mais crítica”, explica o documento. “Não há estrutura predial local que permita maior ampliação da equipe médica”, complementa a Fungota.
Perfil dos atendimentos
Segundo a resposta ao Requerimento, a maior parte das queixas dos pacientes é classificada como “azul” (sem urgência) ou “verde” (casos pouco urgentes). “As UPAs vêm absorvendo e atendendo elevada demanda de casos que, pela especificidade e gravidade, na verdade, deveriam ser absorvidos pela Atenção Básica, pois se trata de casos de baixa complexidade, mas usuários optam por buscar as UPAs, culminando em fluxo elevado de atendimentos diários e sobrecarregando o sistema”, explica a Fundação.
Tempo de espera por atendimento
As UPAs definem o tempo de espera por atendimento com base no Protocolo Manchester, que divide os pacientes por cores, de acordo com a gravidade. Pacientes em risco de morte ou com gravidade extrema se enquadram como “vermelho” e devem receber atendimento imediato. Casos urgentes são classificados como “laranja” e podem esperar até 10 minutos. Pacientes que podem correr risco não imediato recebem a classificação “amarelo” e têm um tempo de espera médio de uma hora. Casos pouco urgentes são enquadrados como “verde” e podem esperar até duas horas.
Questionada sobre o período médio de espera por atendimento, a Fungota afirma que “apesar da substancial demanda elevada, a média não tem fugido muito do preconizado pelas diretrizes traçadas pelo protocolo citado, salvo em dias e horários pontuais, especialmente às segundas-feiras, domingos e a datas próximas a feriados”.
A Fundação comenta, ainda, sobre o impacto dos casos de dengue no intervalo até o atendimento. “O atendimento a pacientes acometidos de dengue possui especificidade que, inevitavelmente, leva a um tempo substancial para atendimento, especialmente por demandarem espaço e tempo para soroterapia, procedimento essencial”, diz o documento.
Na avaliação da vereadora, a superlotação das UPAs é reflexo da falha no atendimento básico e encaminha a saúde municipal para um colapso iminente. “As dificuldades devem ser enfrentadas urgentemente na atenção primária e regional, em especial nas Unidades de Saúde da Família, sendo urgente ao poder público que reveja os protocolos, bem como oriente e capacite os profissionais para atendimento adequado na saúde básica”, diz Maria Paula.
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